A impressão piezográfica — também chamada impressão com cabeças piezoelétricas ou tecnologia piezo — se fundamenta numa combinação de ciência de materiais, microeletrônica e engenharia de precisão para produzir imagens com qualidade excepcional. Vamos destrinchar como isso funciona, qual tecnologia está por trás, e por que ela garante resultados superiores.
O termo piezo refere-se ao efeito piezoelétrico: certas cerâmicas especiais (como PZT — titanato de zircônio plumbífero) geram deformações mecânicas (micro-alterações de forma) quando submetidas a voltagem elétrica. Essa deformação pode ser usada para movimentar membranas ou atuadores minúsculos que impulsionam gotas de tinta através de pequenos bicos (nozzles).
Em impressão piezoelétrica, portanto, os cabeçotes não aquecem a tinta para vaporizar ou gerar bolhas (como em impressoras térmicas); ao contrário, usam esse “empurrão” mecânico para ejetar gotas de tinta.
A Epson dedicou décadas ao desenvolvimento de cabeçotes de impressão piezográficos de múltiplas camadas, baseados em cristais de quartzo que convertem sinais elétricos em movimentos mecânicos extremamente precisos. Essa tecnologia permite que cada gota de tinta seja formada e depositada com controle absoluto de tamanho, forma e posição, garantindo maior precisão, confiabilidade e consistência em cada impressão.
A fabricação desses cabeçotes envolve tecnologias avançadas de microeletrônica, sistemas microeletromecânicos e filmes finos piezoelétricos, tornando-os cada vez mais finos, eficientes e duráveis. A Epson patenteou componentes e processos essenciais, incluindo filmes piezoelétricos, materiais cerâmicos, arranjos de bicos e controle de gotas de diferentes volumes.
As impressões utilizam tintas Ultrachrome, desenvolvidas para oferecer ampla gama de cores, estabilidade duradoura e resistência à luz, preservando a integridade das obras artísticas ao longo do tempo. A combinação de tecnologia piezoelétrica, cristais de quartzo e tintas Ultrachrome assegura resultados de qualidade FineArt excepcional, ideais para reproduções fiéis de fotografias, ilustrações e trabalhos artísticos.
Imagina que dentro da impressora existem cristais de quartzo pequeninos, que se mexem quando recebem um toque de eletricidade. Esses cristais são como pequenos maestros, que dizem exatamente para onde a tinta deve ir. A tinta passa por eles e é espalhada com precisão sobre o papel, que está na distância certa do cabeçote de impressão, nem perto, nem longe demais.
Cada jato de tinta é cuidadosamente controlado: as cores, as sombras e as gradações de cinza são distribuídas com perfeição, criando imagens com nuances delicadas e intensidade equilibrada. É como se cada ponto de cor tivesse sua própria vida, pulsando e se organizando diante dos teus olhos, permitindo que mergulhes na imaginação, na contemplação e na beleza de cada detalhe.
Não menos importante, toda essa precisão é complementada pelo tratamento especial aplicado ao papel. Todos os papéis FineArt e fotográficos recebem um coating que fixa a tinta, garantindo não apenas a durabilidade da impressão, mas também a fidelidade e o controle exato das cores e definição, mantendo o resultado final consistente e equilibrado.
O resultado é uma construção mágica, científica e artística ao mesmo tempo, que transforma um pedaço de papel em uma janela para mundos de cores, formas e emoções.
A impressão piezoelétrica permite o uso de tintas pigmentadas de alta densidade de cor, inclusive aquelas chamadas de ultrachrome, pigmentos minerais ou pigmentos especiais de arquivamento. Essas tintas têm características que favorecem estabilidade frente à luz, menor descoloração, resistência ao envelhecimento.
Em muitos casos, os pigmentos são minerais ou metálicos, ou compostos com partículas muito estáveis quimicamente, o que assegura que a imagem impressa mantenha fidelidade de cor e integridade por décadas, se armazenada e exibida sob condições adequadas de luz, umidade e manuseio.
A resolução alcançada com cabeçotes piezo modernos (Epson, por exemplo) pode ser extremamente alta, permitindo reproduzir detalhes finos, variações tonais suaves e gradações contínuas, que são essenciais para trabalhos artísticos, fotografias de alta gama, reprodução de obras de arte. Epson US+1
A fidelidade de cor, a uniformidade dos jatos e a estabilidade dos pigmentos resultam em impressões que não apenas parecem excelentes inicialmente, mas mantêm qualidade com o passar do tempo — seja literal (anos de exposição) ou de uso (arquivamento, reprodução).
Além disso, a tecnologia piezo permite imprimir em uma variedade maior de suportes (papéis artísticos, canvas, papéis especiais, mídia pesada), pois as gotas não são “cozidas” ou queimadas no suporte — impacto térmico quase inexistente — o que preserva textura e integridade do material.
A Epson detém um vasto portfólio de patentes relacionadas a cabeçotes piezoelétricos, filmes piezoelétricos finos, arranjos de bicos, controle de gotas, etc. corporate.epson+1
Em seus relatórios corporativos, Epson afirma que é líder mundial no número de patentes de piezo printheads, o que lhe dá vantagem competitiva significativa. corporate.epson
Impressão piezográfica é sinônimo de:
Precisão extrema: controle sofisticado do jato de tinta, gotas muito pequenas e uniformes.
Alta qualidade artística: capacidade de reproduzir nuances, texturas e detalhes com fidelidade.
Durabilidade: tintas pigmentadas e suportes apropriados oferecem estabilidade frente a luz, tempo e manuseios.
Versatilidade: permite trabalhar com muitos tipos de suportes, e imprimir sem gerar danos térmicos ou deformações.
Para quem trabalha com fotografia de arte, obras históricas, ilustrações ou catálogos de alto padrão, usar impressão piezográfica garante que o trabalho impresso seja uma extensão fiel do original digital — tanto em fidelidade visual quanto em preservação ao longo do tempo.
As proporções das imagens seguem padrões técnicos herdados da fotografia analógica e digital. Cada formato determina a escala, o enquadramento e a compatibilidade com os suportes de impressão.
2x3 – Derivado do filme 35 mm. Também adotado por sensores digitais CCD e CMOS.
3x4 – Origem em filme médio 120 mm (4,5 x 6 cm).
4x5 polegadas – Fotografias em chapas 4x5 (aprox. 20 x 25 cm).
8x10 polegadas – Chapas grandes de precisão, utilizadas em fotografias analógicas detalhadas (Antropologia, Arquitetura, Porta retrato, Paisagem).
Formatos digitais variados – Sensores CCD ou CMOS em múltiplas proporções, como 2x3, 3x4 e 4x5.
A escolha do formato de impressão depende de fatores técnicos: bitola do rolo de papel, boca de impressão (largura máxima) e compatibilidade do suporte físico, que determinam os limites de ampliação possíveis.
Modelo da Impressora
Largura Máxima de Impressão
Epson SureColor P10000 - 111,8 cm (44")
Epson SureColor P20000 - 162,6 cm (64")
Epson SureColor P7570 - 61,0 cm (24")
Epson SureColor P9570 - 111,8 cm (44")
Essas impressoras são ideais para produções de alta qualidade, como:
Fotografias Fine Art
Provas de cores (proofing)
Reproduções artísticas
Impressões de grande formato para exposições e galerias
Os papéis FineArt e fotográficos estão disponíveis em uma ampla variedade de formatos, tanto em folhas quanto em rolos, para atender desde pequenas impressões até grandes reproduções de alta qualidade.
As folhas vendidas em caixas abrangem os tamanhos mais comuns do mercado e incluem medidas unitárias pequenas e médias, desde
10 × 15 cm,
13 × 18 cm,
15 × 21 cm,
18 × 24 cm,
20 × 25 cm e
20 × 30 cm.
Para formatos intermediários e médios, encontram-se
24 × 30 cm,
24 × 36 cm,
30 × 40 cm,
30 × 45 cm,
33 × 50 cm,
40 × 60 cm,
50 × 70 cm,
60 × 60 cm e
60 × 90 cm.
Além desses, os formatos padronizados internacionais, como
A5,
A4,
Super A3 e
A2,
também estão disponíveis em folhas, geralmente vendidas em caixas com quantidade definida de unidades, garantindo facilidade de manuseio e armazenamento.
Para produções contínuas ou panorâmicas, os papéis em rolo destinam-se exclusivamente a grandes formatos, oferecendo dimensões de
66 × 100 cm,
70 × 100 cm,
73 × 110 cm,
80 × 120 cm,
90 × 130 cm,
100 × 150 cm,
110 × 165 cm,
120 × 180 cm,
130 × 180 cm e
150 × 220 cm.
As larguras de rolo variam de
17 cm,
24 cm,
36 cm,
44 cm,
60 cm até
64 cm,
com comprimentos normalmente entre
12 e 15 metros,
dependendo da linha do fabricante. Estes rolos permitem cortes sob medida, possibilitando criar formatos personalizados ou impressões panorâmicas.
Mesmo em impressões panorâmicas, onde a área impressa é menor que a largura do rolo, o custo do material é calculado considerando a largura total do rolo, enquanto o consumo de tinta é proporcional à área efetivamente impressa. Esse critério técnico garante precisão no cálculo de custos e aproveitamento máximo da mídia, evitando desperdícios.
Para formatos fora do padrão, como panorâmicos ou dimensões personalizadas, o cálculo de custos leva em consideração a área total da mídia utilizada.
Por exemplo:
Um rolo de papel com 110 cm de largura pode ser utilizado para uma impressão panorâmica de 95 × 300 cm.
O custo do papel é calculado considerando a largura total do rolo (110 cm), já que a área não aproveitada ainda faz parte do material consumido.
O custo da tinta, entretanto, é proporcional à área efetivamente impressa (95 × 300 cm).
Esse método garante transparência no cálculo de custos, evita desperdício de material e permite que o cliente compreenda claramente a composição do preço final.